segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

E a busca não pode parar!

A partir do momento em que aceitamos Jesus em nossas vidas, uma unção - a primeira

unção - é derramada sobre nós. A salvação da alma está ligada a uma cura Divina que nos limpa

de todo o pecado. Essa limpeza não pode ser realizada por homens.

Por que Jesus precisou vir ao mundo em forma humana?

Uma vez escutei uma comparação que realmente se aplica. Vou relatá-la com minhas palavras e através de uma visão e experiência minhas com as formigas:


Imaginemos que somos os criadores de algumas formigas. Assim sendo, cuidamos delas e fazemos

de tudo para que cada formiga não siga um caminho perigoso.

Quando eu era criança, gostava de observar as formigas executando suas atividades e as perseguia

até que entrassem em algum lugar onde seria impossível que eu continuasse essa perseguição.

Às vezes eu as atraia com algum alimento pequeno e vendo a dificuldade dos pobres seres para

carregar algo tão pesado, colocada o alimento na porta de suas "casas". Apesar da minha bondade,

não ouvia nenhuma palavra de agradecimento por parte delas. Afinal, as formigas não davam a mínima pra mim.

E nem que eu gritasse,nunca me escutariam.

Comparemos isso com a situação real. Deus é o nosso Criador, e a maioria

das pessoas não possui uma relação íntima com o Criador e não O escutam.

Bem, se eu quisesse que uma formiga me escutasse, deveria eu tomar alguma pílula do tipo "Chapolin Colorado" mas com o efeito "vire uma formiga" e me tornar uma delas para que elas pudessem me escutar.

E assim agiu nosso Pai. Enviou seu filho amado, Jesus Cristo, para que viesse à terra em forma

humana. Dessa forma, os homens de sua época poderiam ouvi-lo e presenciar todos os seus milagres.

Era a única forma de salvar um mundo tão banalizado e livrar-nos da morte.

Sacrifício a nosso favor.

Sempre me emociono no momento do culto em que há o apelo e vejo vidas se entregando ou voltando pra Cristo.

Mas não é tão simples assim. Achar que apenas aceitar o Salvador e nosso papel já está cumprido nessa terra?

Viver uma vida correta com o Pai sendo exemplo em todos os lugares em que freqüentamos, orando, indo à igreja, também não será o bastante.

A partir do momento em que tudo se torna hábito e obrigação, o crescimento não é mais constante.

Escuto freqüentemente dois tipos de comentário. O primeiro se refere aos crentes críticos da unção...

"Ah, você viu como aquela moça estava cantando hoje sem unção alguma? Como pode alguém daquele jeito estar à frente!"

E já os mais racionalistas: "Não existe medidor de unção... Então não podemos dizer se Fulano ou Cicrano está cheio da unção."

Bem, realmente não cabe a nós julgar se alguém tem unção ou não, mas devemos analisar a nós mesmos.

Temos buscado aquela intimidade com o Pai que nos leva a ter unção e poder?

A unção não pode ser vista mas seus efeitos são percebidos através do poder. A presença do Espírito Santo leva à unção do Espírito. Essa unção é o Seu poder. O poder sim pode ser percebido através de seus efeitos e suas manifestações em nossas vidas. Você sente esse poder se tem a unção necessária para esse poder. Atos 1:8 diz:

" Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra."

Algo que discuto com freqüência com amigos cristãos, é a questão do tempo. Nós sabemos tudo o que temos que fazer, o que priorizar e como realizar cada ação. Mas na prática não é tão fácil assim.

Claro, tudo implica em renúncia.

Brooke Fraser - uma cantora que admiro muito como muitos já sabem, não somente pela bela voz ou habilidades musicais e belas composições, mas também pelo exemplo de serva - comentou em um blog musical sobre essa busca pela intimidade. Confesso que nunca a imaginei passando por momentos de "deserto espiritual". Mas claro, isso é mais comum do que imaginamos. Brooke relatou que estava vivendo um momento em que se sentia longe de Deus. Estava tudo bem em sua vida:

Área profissional, pessoal, ministério, etc. Mas o principal - que é aquela intimidade com o Pai - ela já não sentia mais. Não conseguia mais compor e ao perceber que isso estava acontecendo, buscou intensamente a retomada daquela intimidade. E claro, às vezes Deus permite que caminhemos sozinhos para que percebamos que não somos nada sem Ele. Isso faz parte do crescimento. Ele não quer que sejamos sempre bebês mas que sabedoria e unção sejam derramadas em nossas vidas.

Depois de todo esse processo, Brooke recebeu uma música que desde quando a ouvi pela primeira vez, passou a ser minha predileta de sua autoria. Antes não sabia a história da composição dessa música, mas já sentia algo diferente nela. Assim como comentei com um amigo algum tempo atrás, a letra de Lord of Lords não é uma letra comum sobre salvação, promessas, coração novo etc. É como uma oração de pura e intensa adoração diretamente ao Pai. Simplesmente linda! Pastor Phill ao comentar sobre essa letra disse que é como se você estivesse no alto de uma colina comtemplando a beleza do Criador.

E é isso que sinto com esse hino. Que não há nada melhor do que me esvaziar totalmente do meu EU, e adorar ao Pai. Comtemplar Sua face e não me importar com mais nada, sem pedir nada. Apenas querendo estar ali - em sua presença por toda a eternidade.

Para receber a unção e o poder de Deus, esse esvaziamento é totalmente necessário. Clamar ao Pai e confessar à Ele que não sou nada sem Seu amor. Que necessito de Sua misericórdia.

A unção depende de obediência mas também requer sabedoria e conhecimento. Conhecimento de Sua Palavra. Nossa arma e nossa base. Quanto mais sabemos de Deus mais poder ele nos concede. E conseqüentemente, mais Ele exige de nós.

É uma busca constante e crescente. Se queremos esse poder que vem lá do alto, a busca não pode parar!